quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2006 - ?

Podias ter sido tudo, mas afinal não és nada. Passaste por mim e não me reconheceste! Afinal nunca passamos de uns desconhecidos. Os sonhos são o interlúdio do consciente entre o estar acordo ou a dormir. Foste um sonho bom, porque não te vais embora da minha cabeça? 2009 trouxe-te de volta, pode ser que 2010 te apague.
Bom Ano de 2010.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Terapia de uma Geração

Uma geração é a delimitação de um tempo na vida de uma pessoa. Concorda?


Sim, é o nosso bilhete de identidade temporal.

Então como é que retrata a sua geração?

Abafada…ignorada como tantas outras, rotulada pela inveja de quem não dá oportunidades.

Sente-se então discriminado?

Até para ser discriminado é preciso ser conhecido ou ouvido.

O que fez a sua geração para ser ouvida?

Existe, devia de bastar. A minha geração, como tantas outras, tentou lutar pela sua felicidade, talvez nem sempre compreensível, mas não é motivo para sermos postos à margem e comparados constantemente a “Gerações de Ouro”.

Acha que a forma exuberante como algumas pessoas se apresentam na sociedade contribui para o falhanço da sua geração?

Isso é a desculpa para excluir as pessoas. Cada um tenta disfarçar da melhor maneira o monstro que há em si, pelo menos é o que eu faço.

Fazendo um paralelismo entre si e a sua geração, não acha que a sua geração é um pouco violenta a todos os níveis?

A violência é uma má conduta da nossa personalidade, mas às vezes é necessária. No meu caso uso apenas como escudo para sobreviver nesta sociedade. Repare, o Mundo não é só paz, alegria e amor, também existe ódio, raiva e injustiça. Talvez a minha tristeza me esteja a consumir.

Porque não muda?

Ninguém iria reparar… por mim, não vale a pena.

E agora apetecia-lhe dizer:

Nem sempre um sonho tem que ser a quietude do corpo no descanso, também pode ser mais do que um passo para adormecer, afinal um sonho pode ser uma realidade se desejar-mos muito e contribuir-mos para ele.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Recomendações

A nossa cabeça é como um porta-aviões, nela pousam e levantam ideias ou pensamentos que nos podem levar à vitória ou afundar-nos na hostilidade do silêncio, por isso se um dia sonhares comigo, esquece-me, pois eu sou uma (des)ilusão.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Doença do Séc.: XXI

O dia acordou triste e sombrio,
Rejeitado e ignorado pela manhã,
Ou será que me tornei frio
E inseguro sobre um novo amanhã?

Nada mudou desde Agosto,
Já pouco tenho para comer
E quando no espelho vejo o meu rosto
Só me apetece é morrer.

Fui afectado por uma nova doença
À qual todos tentam escapar,
Mas já perdi toda a minha crença
Em voltar a poder sonhar.

Tenho saudades da ouvir as máquinas a falar,
Dos colegas que não posso esquecer,
Mas ao mesmo tempo que me lembro disto tudo
Recordo-me de tudo o que acabei de perder.

Eu prometi que não escrevia asneiras,
É sempre um gesto pouco nobre,
Mas epá! Foda-se!
Também nunca pensei ficar pobre.

A minha vida desabou na merda
E ver tudo o que construí com o coração
Ser dizimado por corruptos
Sem qualquer tipo de contemplação.

O que queria para o Natal?
Voltar a ver os meus filhos a sorrir
Por entre a comida e os presentes
Que eles gostavam de abrir.

Agora resta-me apenas esperar
Que Deus se lembre de mim,
Deste meu triste fim
E nos venha salvar.

"O Mundo deveria de olhar com os mesmos olhos para todos, sem distinguir, tornar-nos apenas irmãos."

Feliz Natal

domingo, 6 de dezembro de 2009

O Silêncio da Revolta

             Este texto é apontado contra a Sociedade que despreza uma minoria alargada, uma minoria que tenta gritar contra a resistência das linhas “cívicas” intransponíveis. Este texto é para todas as pessoas que são especiais, as mesmas pessoas que a Sociedade rotula de freacks, creeps, weirdo’s, que descriminam por serem gordos ou feios ou como eu, mesmo assim são pessoas, sensíveis, que se tornaram raivosas pelo consumismo das éticas. Pessoas que esgotam o seu coração com ódio e tédio por causa das injustiças, chegando mesmo a isolarem-se do Mundo, tornando como melhores amigos o silêncio e a chuva quando aparece, pensando que a única solução para ultrapassar as suas divergências na Vida é a Morte.
            Após estas linhas posso ser considerado um agitador, mas quem sofre silenciosamente sobre o gélido toque das palavras afiadas ou quem tem que usar um sorriso vazio para não ser mais massacrado atingiu este incentivo, uma força que tem que ser feita contra as massas de ideologias ultrapassadas. Não quero ser o rosto dos revoltados, deixo esse cargo para alguém melhor que eu, alguém que não seja um mero palhaço que escreve as suas fraquezas, que apesar de gozadas, também são as fraquezas de muitos mais. Quem poderia gostar de mim?
            É para vocês este texto, para que se lembrem que na revolta pode haver esperança, que num amanhã continue haver pessoas como Kurt Cobain ou Thom Yorke, que fizeram do seu sofrimento a revolta e a voz de todos nós. Que a solidão não acabe com todos nós, um dia seremos vistos da mesma maneira. Para que a nossa geração não morra.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Foi Há Um Ano

Foi há um ano que te conheci,
Numa noite onde a chuva se calou,
Talvez nunca te mereci,
Assim como a chuva que continuou.

De ti já não me quero lembrar,
Não que não queira em ti pensar,
Mas para não sentir o coração a chorar
Por quem partiu e não vai voltar.

Para sempre fica o teu sorriso de encantar,
Sobre a partida de quem nunca o conseguirá ser
O que tu pensas quando tentas adormecer
Sobre a pessoa que nunca te soube amar.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

4U

O dia hoje está como eu, triste, sem ter um rumo definido, mas conheço pessoas que estão felizes pelo tempo estar assim, aliás como diria o grande Cruz: ”…Está um belo dia de Inverno.”. Andamos envoltos numa injusta neblina de orgulho, um desconhecimento de quem já não quer ser mais conhecido. É tão estranha a forma de nos sentirmos felizes! Cuida de ti e da nossa pequenina, porque é um até já para sempre.

Esfumando a Tristeza

A morte é apenas uma linha lançada pelo destino à qual nos temos que cingir para alcançar a eternidade da bipolar saudade. Não sonho controlar o Mundo, sonho apenas conseguir viver nele.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Palavras Aleatórias à Deriva na Desorientação

Um olhar perdido é o melhor espelho para reflectir a nossa maior aliada.

domingo, 15 de novembro de 2009

Levemente Perdido

A cidade está submersa numa neblina espessa, orientada pelo entoar dos animais que desbasta as esguias estradas que sucumbem à ausência da luz, que se abateu esta manhã. Saí de casa assim para ir ter contigo, deitada numa cama de lençóis harmoniosamente quentes e apreensivos pela minha tardia chegada. Os tons da espera eram inquietantes, sobre a minha alma adensava-se o abismo de perder todas as palavras que escrevi nas paredes do teu quarto, tudo o que fiz nunca mais poderia ser lido e aquando o dispersar do nevoeiro, mais ninguém saberia o que escrevi.


A chuva apagou a minha inspiração! Perdi-me, todos se foram embora com o nevoeiro, deixei de saber o caminho para a tua casa.

Onde estás tu? Quando a esperança se esgota, um abraço cura tudo. Fico à tua espera.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Palavras Perdidas num Coração III

Um poeta não é só aquele que escreve, é também aquele que sente e que vê a vida como uma história para ser contada, não como um livro colorido.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Lamúrias ao Vento

Mais um dia, mais um neste ano tão perdido, tão perdido como eu no tempo que escasseia por entre mudanças repentinas. Sento-me à beira de uma ceara que se agita por entre as brechas do sol, tento assim escolher uma das mil máscaras que criei para viver em sociedade. Hoje até pensei em ir sem nenhuma, mas recuei com medo de expor as minhas fraquezas, não saberia olhar assim.


Lamúria atrás de lamúria vou dissecando esta ceara louca em movimento que chega a confortar-me, mas ela começa a descarregar a sua fúria de só ser preciso para ouvir. Desgastou-me, pois ela também precisa de ser ouvida, de desabafar, mas não fui-me embora sem lhe fazer uma última pergunta:

- Diz-me uma qualidade que eu tenha?

Começou a enrolar palavras no vento, entrando por um discurso de palavras vaga as sabor de uma brisa que realçava o seu brilho, culminando num apenas:

- Paciência…tu tens muita paciência para me ouvires.

Deitei-me na amargura de saber que nem a minha amiga ceara deslumbrava alguma qualidade em mim.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O que vais fazer neste Halloween?

Vou ficar em casa a sonhar com a Felicidade, porque a decepção é o caminho mais brilhante para o esquecimento.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sociedade Criteriosa

Ai, o tempo que passou e no Mundo nada mudou! Parece errado ou estúpido, mas é estupidamente errado por se desvanecer na opinião de quem tudo esconde, na opinião daqueles que julgam as pessoas com “bacanas” ou “lixo” e se lhe perguntarem o que conhecem da pessoa são capaz de responder nada. Para estas pessoas só alguns merecem ser felizes, mas ninguém quer ficar sozinho, todos nós queremos amar alguém.


É tão difícil viver nesta sociedade sem os “requisitos normais” para a sua felicidade! Para que havemos de amar, se segundo a sociedade, nem todos a merecem?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pensamentos não Ouvidos

Se fosse escritor invetaria uma trágica história para descrever este sentimento, ou se fosse poeta escolheria cuidadosamente as palavras certas para versar em nome fim, mas como não sou nada disso abrevio em poucas palavras, não menos sentidas, mas directas: "Já nem me sinto inspirado para viver".

domingo, 18 de outubro de 2009

Palavras Perdidas num Coração II

Quando ontem acabei por morrer, sem a morte, mas quem sabe mais difícil até, vi que a ilusão que criei era apenas uma forma de me sentir vivo, agora sinto-me morto, frio, como o teu coração. 

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Visitem

http://www.avspe.eti.br/sonetos/AlviSarculho.htm

domingo, 11 de outubro de 2009

Vagabundo

Já passava um pouco das vinte horas, quando o vagabundo decidiu sair à rua, a noite que estava tão agreste como a combinação da escuridão com a sua alegria, mesmo assim acolheu-o com misericórdia e compaixão pela tristeza que trazia no olhar, tudo à sua volta não passava de meros adereços insignificantes que retumbavam à sua chegada. Nada para ele fazia sentido, não era feliz, nem já era bem disposto, era apenas uma alma que vagueava por entre jogos de sombras e de opiniões meticulosas.


Todos somos uns vagabundos neste Mundo, mas ele distinguia-se pela melancolia que evidenciava em tudo o que fazia, toda aquela solidão que o protegia, sem saber que a solidão pode devorar-nos e por isso temos que lutar pela felicidade; tudo para ele era supérfluo e nada já o motivava, todo ele era triste e um dia passei por ele, olhei-o e disse:

- Boa Noite, mas eu conheço-te!

Nem reagiu, pois todo ele já não existia.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A História de uma Viajante Distante

A chuva vai entoando o meu adormecer, enquanto eu me vou lembrando dos dias em que a Primavera reinava, essa menina já distante que trazia os primeiros raios de sol. E não foi só o sol que ele trouxe, mas sim também a graça de poder ser padrinho de uma passarinha que fez o ninho defronte de uma das minhas janelas. Acompanhei o período de gestação e o crescimento de mais três afilhados, até ao dia Mundial da Criança em que a minha Filó desapareceu até hoje, nunca mais me visitou, demonstrou ser uma ingrata e quando eu tentei-me aproximar fui excluído, afinal nunca fiz parte da sua família. Talvez ela um dia volte, mas se calhar nunca para o mesmo lugar que tinha no meu coração.


Dezembro é o mês da ilusão e sentir que bastava uns dias para me tornar maior, estatelei-me no seu voar para o esquecimento, afinal nunca passei de um desconhecido. É tão triste viver acreditando no reconhecimento.

domingo, 4 de outubro de 2009

Palavras perdidas num Coração.

         A manhã acordou fria sobre a esperança insignificante. Um dia viveremos felizes, juntos, sem nos lembrar que um dia nascemos sem nos compreender.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Pararelismo Irónico

Hoje quando acordei e abri a janela, olhei para a encosta que se ergue defronte da minha janela e vi que estava mais verdejante, assim como a flor do meu escasso jardim que rejubila ao som do chorar do céu. Tudo isto se calhar já estava assim ontem ou na semana passada, se calhar passei a minha vida toda sem reparar nisto tudo, talvez nunca tenha reparado em mim, é um hábito, assim como há palavras que não precisam de imagem, há pessoas que são ridículas ao ponto de uma boa ideia não passar de um devaneio ridículo de alguém que tende em extinguir-se como as cartas de amor.


Terei falado nisto porquê? Adiante, talvez haja coisas que me tenham passado despercebidas durante toda a vida, assim como eu de mim mesmo, não interessa porque tudo na vida se transforma em tédio. Por isso é que gosto do nevoeiro, pois a mansidão que ele imprime faz-me esquecer a realidade, a escuridão é apenas a inquietação da inspiração de mais um ridículo.

Um dia vou ter que te cortar.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A Decadência da Vida

Já nada é como dantes,

Já nem sei conjugar o verbo acreditar

Por todos aqueles distantes

Que me fizeram esquecer de sonhar.

A tentação de ser feliz

Era maior do que a verdade,

Mas o que a escuridão me diz,

O que foi bom morreu com a idade.

Tenho medo de acordar,

É um pesadelo adormecer

Sem me conseguir lembrar

O que o teu nome me fez sofrer.

Tudo poderia ser melhor senão existisse,

Senão estivesse sempre cá para me lembrar

De tudo o que eu disse

Vai morrer com o teu amar.

Quando tentei criar uma vida nova

Não consegui distinguir a realidade da ilusão

E agora que sinto que não sei viver nela

Desisti de ser lembrado por aqueles que têm bom coração.

Afinal o que sou? O que se passou?

O que poderia ser? O que queria ser?

Afinal nada aconteceu e ainda me mostrou

O que eu nunca poderia ser.

Cansei-me disto tudo,

De viver assim, sem conseguir acordar

E ser igual a tanta gente.

Não é feliz,

Era apenas acreditar que sou.

sábado, 12 de setembro de 2009

A Esperança também tem Cor

I Wish I Was Special, So Fucking Special.
I Wish I Was Special, So Fucking Special.
I Wish I Was Special, So Fucking Special.
I Wish I Was Special, So Fucking Special.

I Wish I Was Special, So Fucking Special.
I Wish I Was Special, So Fucking Special.
I Wish I Was Special, So Fucking Special.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Consumismo Global


Amanhã será sempre amanhã e hoje só foi hoje, ou só foi mais um hoje que será um ontem igual a tudo que já não é igual. Não sonhei isto, mas também ainda não consegui resolver. A minha escrita entrou em coma e já nem o movimento a comove para voltar a ser interessante do ponto de vista anímico ao meu alter-ego megalómano. Tudo está a morrer, eu próprio um dia, quem sabe se irei para um lugar melhor, deixarei o Mundo e nele só ficará guardado apenas mais um nome, aquele que nuca ouviu um Obrigado. Não importa, será somente mais um nome.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Happy Birthday to Me

We don't talk about love we only want to get drunk
And we are not allowed to spend
As we are told that this is the end.

Dead i am the sky, watchin angels cry.

Today is not greatest day.

Til i finally died,
Which started the whole world living.

I'm so ugly but that's okay.

Happy Birthday Luís.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Um Tiro no Coração

O vento corria pela estrada fora e a chuva galopava pelo alcatrão acima, todos se reuniam à frente de minha casa para me ver acordar. Não me apetecia abrir os olhos porque se todas as pessoas olhassem para o Mundo da mesma maneira, a escuridão que nele abundaria faria o sol parecer inútil e ele hoje não veio, deduzo que esteja chateado.
Saio à rua e vejo tanta gente a sorrir, como é que eles conseguem? A mim já não me apetece o fazer, deixou de fazer sentido, como deixa de fazer sentido gostar das pessoas que nos ignoram. Tantas vezes que adormeci arranjando desculpas para o seu silêncio, tantas vezes que pensei ser importante para alguém e agora vejo o vazio.
Já nada faz sentido, aliás nunca fez, somente quis acreditar na mentira para tentar ser feliz. O meu coração é um alvo para o esquecimento, está a morrer...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Descarga da Aflição

A raiva é alimentar
O desejo de eu voltar,
Porque eu estou perdido
E tu gritas ao meu ouvido
Que já não sou querido,
Nem se quer fiquei comovido
Na esperança de partir
Para te ver sorrir.
Mais do que não te querer ver
Foi saber que tinha de ser.
Pedes-me para mudar,
Quando não te consigo esquecer,
Nem te matar no meu sonhar
Para te conseguir dizer
Adoro-te.
Não me queres assim?
Então é o meu fim.
Quando a noite escureceu
Perguntei porquê eu?
Quando tudo parecer maior
Ninguém esconderá a dor
E tudo se mostrará
Como a queda do nosso amor.
Deixei de poder sonhar
Com o teu beijo ao acordar,
Deixei de acreditar que tu ias voltar,
Porquê? Simplesmente me lembrei que te esqueces de mim.
Afinal, o que faço eu aqui
Com o coração manchado de sangue?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Same Mistake

Saw the world turning in my sheets and once again I cannot sleep.
Walk out the door and up the street; look at the stars beneath my feet.
Remember rights that I did wrong, so here I go.
Hello, hello. There is no place I cannot go.
My mind is muddy but my heart is heavy. Does it show?
I lose the track that loses me, so here I go.

And so I sent some men to fight, and one came back at dead of night.
Said he'd seen my enemy. Said he looked just like me,
So I set out to cut myself and here I go.

I'm not calling for a second chance,
I'm screaming at the top of my voice.
Give me reason but don't give me choice.
'Cause I'll just make the same mistake again.

And maybe someday we will meet, and maybe talk and not just speak.
Don't buy promises 'cause, there are no promises I keep.
And my reflection troubles me, so here I go.

I'm not calling for a second chance,
I'm screaming at the top of my voice.
Give me reason but don't give me choice.
'Cause I'll just make the same mistake.
I'm not calling for a second chance,
I'm screaming at the top of my voice.
Give me reason but don't give me choice.
'Cause I'll just make the same mistake again.

The Speed of Pain

They slit our throats
Like we were flowers
And our milk has been devoured

When you want it, it goes away too fast
Times you hate it, it always seems to last
But just remember when you think you're free
The crack inside your fucking heart is me

I wanna outrace the speed of pain
For another day

I wish I could sleep
But I can't lay on my back
Because there's a knife for everyday
That I've known you

When you want it, it goes away too fast
Times you hate it, it always seems to last
But just remember when you think you're free
The crack inside your fucking heart is me

I wanna outrace the speed of pain
For another day

Lie to me, cry to me, give to me, I would
Lie with me, die with me, give to me, I would

Keep all your secrets wrapped in dead hairalways

Lie to me, cry to me, give to me, I would
Lie with me, die with me, give to me, I would

Hope that we die holding handsalways

terça-feira, 23 de junho de 2009

Anarquista Duval

Pela estrada fora vinha um homem
Encoberto pelas sombras da noite
Alguém lhe perguntou o nome
Sou uma miragem,
Dizem que semeio o caos e a destruição
Como o vento semeia as papoilas
O meu nome é... Liberdade

Vinha pela estrada fora a Liberdade
Encoberta pela noite das sombras
Sabes quem eu sou?
Perguntou ao candeeiro
És uma miragem
E pertences ao livro dos sublinhados provocadores
Que são os poetas
Almas sonhadoras

Anarquista Duval:Prendo-te em nome da lei?
Eu suprimo-te em nome da Liberdade!

Sublinhados provocadores, iam pela estrada fora
Carregando o livro das sombras
Da noite só restava o candeeiro
Encoberto

domingo, 21 de junho de 2009

Gnoma

Dá-me mais quero mais
Desse vinho bem forte
Acre sol estival
De uma vida em desnorte
Já perdi o que tinha
A família a consorte
Para ser mero pó
Falta só vir a morte a morte

Tem calma irmão
Que a morte está aí para todos nós
E à parte as mães
Ninguém pode afirmar de viva voz
Que deixa cá algo
Quando a vida nos solta enfim os nós

Serve então mais um copo
Boa noite a beber
Não fará mal pior
E dará p’ra esquecer
O vazio que me ataca
Esta dor de viver
A feroz solidão
Que me faz q’rer morrer morrer

Tem calma irmão
Que a morte não precisa do teu sim
É coisa certa
Mais vale fazer da vida um festim
Canta antes dança
Que a vida não te surja mais ruim

Cantar eu?

Dançar dizes tu...

Serve então mais um copo para ajudar

Tem calma irmão
Que a morte não precisa ser assim
Canta e vais ver
Que a vida não te larga mais por fim.

Creep

When you were here before
Couldn't look you in the eye
You're just like an angel
Your skin makes me cry
You float like a feather
In a beautiful world
I wish I was special
So fucking special
But I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here.

I don't care if it hurts
I wanna have control
I wanna a perfect body
I wanna a perfect soul
I want you to notice
When I'm not around
You're so fucking special
I wish I was special
But I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here.

She's running out again
She's running out
She run, run, run, runRun.

Whatever makes you happy
Whatever you want
So fucking special
I wish I was special
But I'm a creep
I'm a weirdoWhat the hell am I doing here?
I don't belong hereI don't belong me.

Confissões de um Lobisomem

O dia admiravelmente ainda consegue acordar, nesta manhã submersa em tiros furtivos e de água que cai estrepitosamente. Já acordei, mas os meus olhos continuam fechados com medo, porque não quero ver o que fiz. Parou de chover e o sol assume o seu lugar de destaque com um ar inocente e irrequieto, pois está a utilizar a sua luz na minha cara como incentivo à minha desgraça e eu do alto da minha voz cavernosa digo já chega, levantei-me e embrulhei-me num cobertor para tapar a minha nudez e as minhas roupas rasgadas da noite que passou.
Estou estoirado, mas ainda consigo andar para ver como estou, alcanço um espelho para ver minha cara devastada de sacrifício, mas hoje regresso para a minha casa, para o pé da minha família e dos meus amigos. Acabou, está tudo destruído, é um cenário desolador de devastação. Porque é que eu não me consigo controlar, não consigo raciocinar direito no que fazer, não consigo perceber a quem recorrer?
Em certas alturas dos meses saio de minha casa e venho para aqui, para o alto do ninho do falcão, para estar longe dos que amo, porque quando a lua se ergue cheia ao som das doze badaladas o meu corpo gela, o meu coração dispara por causa do sangue dar lugar ao veneno, consigo pressentir animais de sangue frio insaciáveis pelas suas presas, a roupa cede perante o crescimento imparável de meus pêlos, minha voz fica feroz de raiva e com apetências para uivar como um lobo megalómano, sinal da transformação de todo o meu corpo em um Lobisomem e é aí que começa o meu dia de matança percorrendo sete vilas acasteladas numa hora como forma de quebrar a minha maldição diária, destruindo tudo o que se puser no meu caminho, dilacerando a paz que tanto imploram nestas noites iluminadas pela luz dos demónios.
Recomeçou a chover e eu aproveito para lavar o meu corpo do sangue que na noite anterior foi derramado e a minha alma, enxugo-me na esperança e visto-me para regressar ao meu casebre de alegria e para ir à igreja rezar pelas minhas vítimas e por mim, porque em dias assim perco o meu controlo e devoro léguas de chacina que caiem a meus pés, mas por este mês estou descansado, já não há lua cheia. Estou amaldiçoado de viver como um animal ao lado destas presas provocadoras e nestes dias faço-lhes a vontade de as matar.
Serei uma aberração ou um justiceiro que promove a morte como forma de se alimentar e de lei, recriando o pânico na desordem que se instala nestas noites onde se suplica pelo aparecimento do sol? Está instalado um clima de terror e se calhar já suspeitam de mim, mas se tiverem essa ousadia, eu, quando a noite for iluminada por Lúcifer, arrancáreis-lhes o coração e quando o sangue jorrar em meu corpo vou uivar como sinal da vitória sobre as presas que se armam em caçadores de lobos, como eu. Que a paz nunca dure em noites assim, mas hoje sou homem e vou continuar a ser aquele rapaz doce, nem que seja para disfarçar a minha capacidade de dor e a que protagonizo nas minhas vítimas subjacentes à minha maldade.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Poema Corrido

Todos me julgam, sentem-se os maiores ao faze-lo,
Para vincar o seu existir,
Para voar pela minha tristeza,
Mas depois passa e esquecem,
Não pedem desculpa,
Seguem apenas
Sem se lembrarem que existem palavras que nos conseguem magoar.
Não é fácil arranjar força para sorrir
Quando nos apetece fugir,
Ao menos se houvesse uma explicação,
Uma alegria neste viver
Seria mais fácil emergir
Desta inerente solidão
Que me faz querer esquecer
A vontade que eu tenho de sorrir.
Como diria Fernando Pessoa:
“Pedras no caminho?
Guardo-a todas, um dia ainda vou construir um castelo...”
Para quê? Não teria ninguém para o mostrar,
Prefiro agarra-las e apedrejar-me
Com força para criar uma dor ainda maior
Do que viver aqui sem amor.
Cometeria um erro?
Talvez, mas ao menos não tinha que implorar
Pela atenção de ninguém,
Seguiria sujo e imundo pela estrada
E olharia para tudo se desviando da minha imagem
E sucumbido no sangue ou subjugado na dor
Pararia na estrada e cairia estrondosamente nela
Sem motivo aparente para me levantar
Ou que acreditasse que valeria a pena
Pensar em voltar deste miserável fim.
Quero ver chover
Para me lembrar como os meus problemas
São supérfluos aos olhos de toda gente
E para lavar a minha alma
Deste tédio que é viver
Sem saber como hei-de sorrir.