quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2006 - ?

Podias ter sido tudo, mas afinal não és nada. Passaste por mim e não me reconheceste! Afinal nunca passamos de uns desconhecidos. Os sonhos são o interlúdio do consciente entre o estar acordo ou a dormir. Foste um sonho bom, porque não te vais embora da minha cabeça? 2009 trouxe-te de volta, pode ser que 2010 te apague.
Bom Ano de 2010.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Terapia de uma Geração

Uma geração é a delimitação de um tempo na vida de uma pessoa. Concorda?


Sim, é o nosso bilhete de identidade temporal.

Então como é que retrata a sua geração?

Abafada…ignorada como tantas outras, rotulada pela inveja de quem não dá oportunidades.

Sente-se então discriminado?

Até para ser discriminado é preciso ser conhecido ou ouvido.

O que fez a sua geração para ser ouvida?

Existe, devia de bastar. A minha geração, como tantas outras, tentou lutar pela sua felicidade, talvez nem sempre compreensível, mas não é motivo para sermos postos à margem e comparados constantemente a “Gerações de Ouro”.

Acha que a forma exuberante como algumas pessoas se apresentam na sociedade contribui para o falhanço da sua geração?

Isso é a desculpa para excluir as pessoas. Cada um tenta disfarçar da melhor maneira o monstro que há em si, pelo menos é o que eu faço.

Fazendo um paralelismo entre si e a sua geração, não acha que a sua geração é um pouco violenta a todos os níveis?

A violência é uma má conduta da nossa personalidade, mas às vezes é necessária. No meu caso uso apenas como escudo para sobreviver nesta sociedade. Repare, o Mundo não é só paz, alegria e amor, também existe ódio, raiva e injustiça. Talvez a minha tristeza me esteja a consumir.

Porque não muda?

Ninguém iria reparar… por mim, não vale a pena.

E agora apetecia-lhe dizer:

Nem sempre um sonho tem que ser a quietude do corpo no descanso, também pode ser mais do que um passo para adormecer, afinal um sonho pode ser uma realidade se desejar-mos muito e contribuir-mos para ele.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Recomendações

A nossa cabeça é como um porta-aviões, nela pousam e levantam ideias ou pensamentos que nos podem levar à vitória ou afundar-nos na hostilidade do silêncio, por isso se um dia sonhares comigo, esquece-me, pois eu sou uma (des)ilusão.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Doença do Séc.: XXI

O dia acordou triste e sombrio,
Rejeitado e ignorado pela manhã,
Ou será que me tornei frio
E inseguro sobre um novo amanhã?

Nada mudou desde Agosto,
Já pouco tenho para comer
E quando no espelho vejo o meu rosto
Só me apetece é morrer.

Fui afectado por uma nova doença
À qual todos tentam escapar,
Mas já perdi toda a minha crença
Em voltar a poder sonhar.

Tenho saudades da ouvir as máquinas a falar,
Dos colegas que não posso esquecer,
Mas ao mesmo tempo que me lembro disto tudo
Recordo-me de tudo o que acabei de perder.

Eu prometi que não escrevia asneiras,
É sempre um gesto pouco nobre,
Mas epá! Foda-se!
Também nunca pensei ficar pobre.

A minha vida desabou na merda
E ver tudo o que construí com o coração
Ser dizimado por corruptos
Sem qualquer tipo de contemplação.

O que queria para o Natal?
Voltar a ver os meus filhos a sorrir
Por entre a comida e os presentes
Que eles gostavam de abrir.

Agora resta-me apenas esperar
Que Deus se lembre de mim,
Deste meu triste fim
E nos venha salvar.

"O Mundo deveria de olhar com os mesmos olhos para todos, sem distinguir, tornar-nos apenas irmãos."

Feliz Natal

domingo, 6 de dezembro de 2009

O Silêncio da Revolta

             Este texto é apontado contra a Sociedade que despreza uma minoria alargada, uma minoria que tenta gritar contra a resistência das linhas “cívicas” intransponíveis. Este texto é para todas as pessoas que são especiais, as mesmas pessoas que a Sociedade rotula de freacks, creeps, weirdo’s, que descriminam por serem gordos ou feios ou como eu, mesmo assim são pessoas, sensíveis, que se tornaram raivosas pelo consumismo das éticas. Pessoas que esgotam o seu coração com ódio e tédio por causa das injustiças, chegando mesmo a isolarem-se do Mundo, tornando como melhores amigos o silêncio e a chuva quando aparece, pensando que a única solução para ultrapassar as suas divergências na Vida é a Morte.
            Após estas linhas posso ser considerado um agitador, mas quem sofre silenciosamente sobre o gélido toque das palavras afiadas ou quem tem que usar um sorriso vazio para não ser mais massacrado atingiu este incentivo, uma força que tem que ser feita contra as massas de ideologias ultrapassadas. Não quero ser o rosto dos revoltados, deixo esse cargo para alguém melhor que eu, alguém que não seja um mero palhaço que escreve as suas fraquezas, que apesar de gozadas, também são as fraquezas de muitos mais. Quem poderia gostar de mim?
            É para vocês este texto, para que se lembrem que na revolta pode haver esperança, que num amanhã continue haver pessoas como Kurt Cobain ou Thom Yorke, que fizeram do seu sofrimento a revolta e a voz de todos nós. Que a solidão não acabe com todos nós, um dia seremos vistos da mesma maneira. Para que a nossa geração não morra.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Foi Há Um Ano

Foi há um ano que te conheci,
Numa noite onde a chuva se calou,
Talvez nunca te mereci,
Assim como a chuva que continuou.

De ti já não me quero lembrar,
Não que não queira em ti pensar,
Mas para não sentir o coração a chorar
Por quem partiu e não vai voltar.

Para sempre fica o teu sorriso de encantar,
Sobre a partida de quem nunca o conseguirá ser
O que tu pensas quando tentas adormecer
Sobre a pessoa que nunca te soube amar.