quinta-feira, 24 de julho de 2008

Retrato de um Assassino


Da sombra ergue-se cheio de ódio e com sede de vingança pela felicidade de quem lhe virou costas. “Do que seria o Mundo se não houvesse Medo?” é o lema de vida deste Homem frio e desumano que se esconde numa pessoa fraca e dossel como forma de ganhar a confiança das pessoas para depois aplicar o esplendor da palavra sofrimento.
Nas veias corre-lhe veneno em vez de sangue, os olhos ficam cerrados pela dor, o coração arde e espalha sentimentos que geram pânico, a mente ajuda o seu alter ego a ser implacável, as mãos pequenas e cansadas de magoar, a roupa mancha-se de sangue.
O medo dos outros é o seu alimento. A lua cheia anuncia que sangue irá ser derramado e que nesses dias haverá tristeza e amargura nos rostos dos familiares e dos defuntos. Este Homem apaixonou-se pela morte e casou-se com infelicidade. Para ele nunca haverá Paz no Mundo porque a Vida é uma Guerra contra nós próprios e ele já venceu o seu lado bom e o seu desejo é semear a desordem por entre as pessoas. O gemer de dor e o gritar de clemência faz com que este Homem se sinta realizado e que neste Mundo exista sempre alguém que lute contra a Felicidade.
A raiva gerada pelos traidores que este Homem outrora pensou serem seus amigos é inesgotável e para ele todos vão ter que sofrer o que ele sofreu, um dia não restará pessoa nenhuma que possa contar o terror do luar e que nele sobem as almas que o subestimaram, finaliza num silêncio que é o único amigo que não atraiçoa. Deita-se na cama que fez, porque a imortalidade é um sofrimento. Ele é diferente de todos os outros porque a Vida para ele é o sofrimento dos outros.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Noite


A noite cai fria e escura submergindo aldeias inteiras, destruindo sonhos e criando expectativas. A noite revela no seu luar quem somos. Noite após noite, dia após dia, até o passar dos anos queima como castigo pelos nossos actos e atitudes. O pior é a nossa consciência não nos deixar viver e fazer-nos lembrar que somos más pessoas, maus familiares e que acima de tudo poderíamos ser felizes e desperdiçamos as oportunidades por orgulho.
O vento que apagou o nosso caminho deixando-me o teu sorriso como arma para combater o frio que faz cá fora e que eu não vejo a hora de voltar a ser quem era. Agora sofro pelo mal causado e dói-me o desprezo criado pela solidão.
Não voltes, pois eu mudei. Quem sou eu? Sou quem nunca pensei ser. Tenho vergonha que tu me vejas assim.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Dias


Os dias passam
Por entre as nossas mãos
Sem os podermos agarrar
Em direcções opostas
Como forma de nos baralhar
As respostas
Que procuramos
Nos nossos irmãos
Pelos dias em que me deixaram.

Esses dias
Em que outrora
Eu tentava ser maior
Para estar ao mesmo nível
De todos os amigos
Que são como referências
Mas que se foram embora
Por vários motivos
Deixaram-me neste terror
Por ser um miserável.

Deixou de valer a pena
Ser o que era
De lutar pelo que não volta
Porque já nada importa
Nesta cena
De filme “bera”.

Agora deito-me na cama
Esperando dias melhores
De orgulho e fama
Para honrar os vencedores.

Nesses dias que virão
Cheios de mudança
Iluminados pelo luar
Que o Homem das silvas trás
Como um ponto de viragem
Para todas as coisas más
Acabarem numa viagem
Com muita esperança
De isto acabar
Em paz para o coração.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Morte=Vida


Este Mundo está recheado de ilusão,
É movido por pessoas que lutam para sobreviver
No que está guardado no coração
Daqueles que acreditam no seu viver.
De uma coisa a quem um dia alguém chamou Destino,
Numa desculpa à Morte
Somos levados à acreditar num final digno
Ou na execução pela falta de sorte.
Neste caminho sombrio
A que a Morte chamou Vida,
Esconde-se sentimentos e experiências vividas a frio
Por uma sentença que já está escolhida.
Este caminho pode ser feito
Com Amor e Carinho,
Mas ninguém está sujeito
A continuar o caminho.
Um dia morreremos todos,
Esperando um pouco de dignidade
Pelos feitos que realizamos,
Esperamos pela imortalidade.
A Vida é manipulada
Pela Morte a seu belo prazer,
Usa o Destino como desculpa imaculada
Para o que nos faz sofrer.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Felicidade


O que é este Mundo?
Uma arma que nos tira a vida num segundo
Uma aparição do Amor!
Como é que se consegue viver neste terror?
Haverá paixão suficiente
Para mudar a tua atenção inteiramente?
Um dia conseguirei ser uma parte da tua vida
Que a noite insiste em ficar enegrecida
Para esconder a Felicidade,
Mas o que é a Felicidade?
Eu acho que é a porta do coração
Que ao estar aberta proporciona uma vida cálida de emoções denominada Paixão
Ora fechada que explode retumbantemente a alegria e esconde-se na Solidão.
Que destino periclitante é este?
Para sobreviver é preciso continuar a sofrer.
Preciso do Sol para me iluminar
O caminho para poder realizar
Um sonho persistente
De ser Feliz e ter a meu lado
Quem eu sonhei no passado
Para no futuro se realizar
O que no presente me está a matar.
Já encontrei a chave
Que me pode tornar numa pessoa suave
Mas tende a ignorar
O que o seu coração lhe está a chamar.