A cidade está submersa numa neblina espessa, orientada pelo entoar dos animais que desbasta as esguias estradas que sucumbem à ausência da luz, que se abateu esta manhã. Saí de casa assim para ir ter contigo, deitada numa cama de lençóis harmoniosamente quentes e apreensivos pela minha tardia chegada. Os tons da espera eram inquietantes, sobre a minha alma adensava-se o abismo de perder todas as palavras que escrevi nas paredes do teu quarto, tudo o que fiz nunca mais poderia ser lido e aquando o dispersar do nevoeiro, mais ninguém saberia o que escrevi.
A chuva apagou a minha inspiração! Perdi-me, todos se foram embora com o nevoeiro, deixei de saber o caminho para a tua casa.
Onde estás tu? Quando a esperança se esgota, um abraço cura tudo. Fico à tua espera.
1 comentário:
adorei!
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