domingo, 6 de dezembro de 2009

O Silêncio da Revolta

             Este texto é apontado contra a Sociedade que despreza uma minoria alargada, uma minoria que tenta gritar contra a resistência das linhas “cívicas” intransponíveis. Este texto é para todas as pessoas que são especiais, as mesmas pessoas que a Sociedade rotula de freacks, creeps, weirdo’s, que descriminam por serem gordos ou feios ou como eu, mesmo assim são pessoas, sensíveis, que se tornaram raivosas pelo consumismo das éticas. Pessoas que esgotam o seu coração com ódio e tédio por causa das injustiças, chegando mesmo a isolarem-se do Mundo, tornando como melhores amigos o silêncio e a chuva quando aparece, pensando que a única solução para ultrapassar as suas divergências na Vida é a Morte.
            Após estas linhas posso ser considerado um agitador, mas quem sofre silenciosamente sobre o gélido toque das palavras afiadas ou quem tem que usar um sorriso vazio para não ser mais massacrado atingiu este incentivo, uma força que tem que ser feita contra as massas de ideologias ultrapassadas. Não quero ser o rosto dos revoltados, deixo esse cargo para alguém melhor que eu, alguém que não seja um mero palhaço que escreve as suas fraquezas, que apesar de gozadas, também são as fraquezas de muitos mais. Quem poderia gostar de mim?
            É para vocês este texto, para que se lembrem que na revolta pode haver esperança, que num amanhã continue haver pessoas como Kurt Cobain ou Thom Yorke, que fizeram do seu sofrimento a revolta e a voz de todos nós. Que a solidão não acabe com todos nós, um dia seremos vistos da mesma maneira. Para que a nossa geração não morra.

1 comentário:

O Padrinho disse...

Muito forte esse texto afilhado!! ;)