quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Pararelismo Irónico

Hoje quando acordei e abri a janela, olhei para a encosta que se ergue defronte da minha janela e vi que estava mais verdejante, assim como a flor do meu escasso jardim que rejubila ao som do chorar do céu. Tudo isto se calhar já estava assim ontem ou na semana passada, se calhar passei a minha vida toda sem reparar nisto tudo, talvez nunca tenha reparado em mim, é um hábito, assim como há palavras que não precisam de imagem, há pessoas que são ridículas ao ponto de uma boa ideia não passar de um devaneio ridículo de alguém que tende em extinguir-se como as cartas de amor.


Terei falado nisto porquê? Adiante, talvez haja coisas que me tenham passado despercebidas durante toda a vida, assim como eu de mim mesmo, não interessa porque tudo na vida se transforma em tédio. Por isso é que gosto do nevoeiro, pois a mansidão que ele imprime faz-me esquecer a realidade, a escuridão é apenas a inquietação da inspiração de mais um ridículo.

Um dia vou ter que te cortar.

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