domingo, 30 de novembro de 2008

Poema de Guerra

Acordei desolado
E estarei a sonhar?
Não oiço as bombas a cair
Matando aqui ao lado
Pessoas que queriam voar
Deste Inferno a ruir.

Consegui sobreviver,
Mas já não tenho nada
Nem família, nem amigos
Só esta vontade de morrer
Nesta guerra endiabrada
De homens malignos.

Porque não falam?
Em vez de destruir
Cidades inteiras
Nas noites onde se embalam
Crianças a ouvir
Gritos de todas as maneiras.

Começou novamente
Estes tiros ensurdecedores
Daqueles que dizem trazer a salvação,
Mas morreu minha mente
E o meu corpo cheio de dores
Por paz no meu coração.

Sonho triste,
Continua esta guerra
Chuvosa e fria
Que consiste
Em dizimar a minha terra
Durante todo o dia.

Porque não se comportam
Como homens inteligentes
Em vez de bombardear
E dizimar o que não suportam
À distância. Já não há continentes
Onde as bombas nos deixem passear.

A guerra bateu-me à porta
E eu não a queria deixar entrar,
Mas não o consegui fazer,
Entrou e deixou toda gente morta
E com medo de respirar
Pelo sofrimento que é morrer.

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