sábado, 21 de junho de 2008

Noites Únicas

Hoje começou o Verão. O dia foi passado como manda as regras da minha Terra. Depois do jantar fui levar o lixo e beber um café. Sentei-me a ler o jornal enquanto decorria um jogo do europeu, depois vi um jogo de snooker sentado numa cadeira e observei uns declamadores vangloriando-se do seu escárnio e mal dizer. Acabei por jogar como o declamador veterano, por sinal um dos melhores, perdendo na negra.
Vim para a rua falar e conviver com a malta mais velha e reparei que estava uma noite espectacular. A minha Terra de Verão costuma ser fria por causa da aragem fresca do mar longínquo e hoje simplesmente consegue-se estar na rua de manga curta. Hoje o céu escuro é pequeno para esconder as estrelas luzidias e a lua apetrechada de paixões estilizadas no glamour do seu luar. Hoje está uma noite como há poucas na minha Terra, a própria noite camuflou-se de luz e cor para dar as boas vindas ao Verão, o escuro contrastando com a luz do amor que gira em torno de dias como este e que muita gente pode dizer que hoje Felizmente Há Luar.
É dias assim que fazem do amor uma forma de vida. Tudo perfeito e um ambiente extraordinário de loucura selvagem cruzado com um clima melancólico e de antologia angelical.
É nestes dias que o impossível torna-se possível e em que os fracos podem-se tornar heróis e deles se rezar a história.

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