terça-feira, 7 de outubro de 2008

Avôs

Nasci no mês dos castigados
No mesmo Hospital,
Já tinham passado dois anos
A quando a morte acabou com o teu mal.

Adorava ter-te conhecido
Por todas as histórias hilariantes,
Por todo o respeito que te é reconhecido
Desde esses tempos distantes.

Morres-te um sonhador.
Desculpa todas as lágrimas que chorei,
Que não eram de dor,
Mas de admiração por um herói que se tornou rei.

A distância percorreu as nossas vidas
Por caminhos de algum perigo.
No sarar de minhas feridas
Tu sempre foste um grande amigo.

Um grande trabalhador
Que vivia do dia-a-dia,
Para além de bom pescador
Um grande chefe de família.

No meu próprio dia
Foste enterrado.
Eu não o merecia,
Mas ao menos foste homenageado.

Na minha família os homens morrem da pior maneira,
Mas são lembrados como uma lenda que é verdadeira.

Obrigado avô Manuel e José.

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