segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Guerra

Esta vida é uma guerra, o vento sopra raivoso como forma de advertir a minha benevolência em relação aqueles que se esqueceram de mim. Sim, a minha perdição é não conseguir admitir que sou fraco e que tenho necessidade de ter atenção.
Amigos com quem falo dizem que eu preciso de uma namorada, mas eu penso...., quem é que me quer? A tristeza é tanta que anoiteceu friamente, o esquecimento provoca a minha maior qualidade/defeito. Não compreendo quando até a minha própria mãe diz que eu tenho mau feitio, normalmente as mães dizem que somos heróis, talvez também o seja para a minha mãe, mas acima de tudo ela teme que o meu comportamento prejudique alguém ou até eu próprio.
Talvez seja a pior pessoa do Mundo? Talvez mereça estar abandonado, mas acima de tudo agradecido por estar rodeado por aqueles que realmente se lembram de mim, aqueles que me dão os parabéns, aqueles que me perguntam se estou bem ou o que se passa comigo, aqueles que são meus amigos do coração e não por conveniência.
Poderia morrer hoje, mas saberia quem iria chorar no meu funeral pela tristeza de eu desaparecer para um lugar onde ninguém quer morar.
Adormeço e acabo por acordar, estou encharcado, sonhei que esta guerra tinha dado lugar à Paz no Mundo e que eu estava feliz. A minha coragem esgota-se pela tomada de posições nesta guerra. Sinto-me só com as vitórias perdidas, com os aliados que se tornaram inimigos, com a capacidade de que eu tenho em desistir. Esta guerra é muito dura e desigual.
Se calhar vou render-me para que não tenha que assistir à minha queda e ao espectáculo que vem dos céus quando as nuvens formam o meu coração com a frase “I HATE MYSELF”. Os meus olhos em vez de verter água choram o sangue que o meu coração rejeita por eu ser fraco.
O sonho de que um dia eu vou regressar ao pôr-do-sol com o pensamento de uma guerra acabada e do início de uma batalha épica contra mim mesmo. O medo de que o meu pior lado sobreviva é constante. Quem me dera ser alguém normal!!! Que me dera que houvesse alguém capaz de julgar e lutar contra aquilo que eu não sou. Já não consigo olhar para o horizonte com tantos nomes gravados, com as próprias lágrimas, de todas as pessoas a quem fiz mal ou magoei.

1 comentário:

Anónimo disse...

Está guerra a que te referes tem alguma coisa a ver com a nossa "amizade"?