quarta-feira, 23 de junho de 2010

O Delinear de um Convalescente

            Sonhar é acreditar, é transcender-nos para outra dimensão, é a felicidade no seu estado mais puro que nos torna capazes de ser alguém. Sonhar é sentirmo-nos bem mesmo quando estamos mal. Vence e serás um alvo, perde e serás um esquecido. Portugal é um país de esquecidos, não que tenham sempre perdido, mas um país mais dado à cultura de outros povos em detrimento da sua. Quando quebrar esta rotina ou quando eu partir neste desfalecimento, fico contente por saber que tanto os génios como os tristes têm o mesmo entusiasmo no fim da sua vida, a morte é dada apenas a uma cerimónia. E se nada de mim restar, que apenas fique na memória tudo o que é bom de sonhar.
           E se afinal tudo o que nos ensinaram estiver errado? Porquê, não é? Será que Vida é sonhar e viver só por si não passa de uma desilusão? Se calhar todos temos duas vidas e não sabemos! O amor é um caos, é uma mutação constante de enigmas, um espelho de verdades, algumas inconstantes que chegam a ser uma mentira. Amar pode ser a destruição do sonho, amar pode não ser amor, pode ser apenas uma obrigação. As aparências podem iludir, as opiniões podem ser dúbias, nada melhor do que utilizar a imaginação para conhecer a realidade, quem sabe se o que as separas não é apenas vazio, uma opinião errada, podemos viver a sonhar. Como? Acreditando, talvez!

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