domingo, 25 de abril de 2010

Caminhando pelas Memórias

           Hoje podia ser a dissipação da monotonia, mas tudo não passou de uma projecção infundada e assim tudo se resumiu a um vazio de palavras destiladas. Olho em meu redor e tudo parece tão simples, a felicidade parece palpável, tudo se consome em sorrisos e palavras soníferas; as lágrimas que me caiem no chão como petardos, são estrondosos estilhaços que trespassam esta barreira harmoniosamente feliz, só porque não fazemos parte do mesmo papel em que estes felizardos foram fotocopiados, não passámos a mero lixo do seu alter-ego.
          Projecções falhadas, caminhos intempestivos onde a luz me dificulta o adormecer, expectativas derramadas sobre o esquecimento. A cidade maquilha-se, dá um toque à noite que contrasta comigo, apenas para me dizer:
          - Se um dia perderes progressivamente alguém no teu coração, não tenhas medo, ela não morreu em ti, apenas terás de aprender a ignora-la até ao dia em que ela reconhecer a tua existência com uma necessidade.

1 comentário:

Ana Rita disse...

wow padrinho .
realmente, às vezes a felicidade parece tão próxima , tão presente mas de um momento para o outro vem sempre algo que nos faz querer o contrário .

continua :D