segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Resquícios de um Tormento

Quem sou eu? Não interessa, fiquemos por alguém
Que na penumbra da noite melancolicamente fria,
A inquietude de sua alma é exasperante
Quando se encontra no meio de uma multidão
Tudo parece tão simples, mais que simples,
É como se o azul fosse apenas azul
Ou como se um não fosse apenas a negação.
Então aí lembro-me de uma vida debutante
Onde te dei o meu desmotivado coração
E tu conseguiste-o desfragmentar.
Apenas pedia que fosses sincera comigo,
Podias dizer que me odeias a chorar
Ou transpondo toda a tua raiva para comigo num olhar,
Mas não que me matasses a sorrir,
Tecnicamente não demonstras-te,
Acho eu, porque sinceramente não te conheço,
Aliás nunca te conheci o suficientemente bem.
A única conclusão é que não me dou o suficiente contigo
Para afirmar que nos damos mal.
Morri, voltando a nascer, agora sou apenas ninguém.

3 comentários:

Anónimo disse...

3:55...
Lembrei-me de escrever sobre um lugar quase perfeito,maravilhoso,onde me quero sentir e onde quero estar.
Hoje sonhei com palmeiras numa praia,só eu..Ouvia o som da água a cair.Era uma cascata de certeza!Conseguia sentir a areia fina sob os meus pés.Que estranha e tão emocionante sensação .Conseguia também sentir o cheiro que o vento fazia balançar de um lado para o outro, o da liberdade.
Durante largas horas nada mais para mim importou,só esta sensação de liberdade,de realização,aquela que raramente se sente,só em sonhos..
Sentei-me numa rocha que fazia ondolar a água enquanto esta lhe batia suavemente,quase como se estivesse a acariciar a sua superficie rugosa e imperfeita.Lembro-me de ver o meu reflexo na água.Ao mesmo tempo senti uma necessidade extrema de eu também sentir o toque da água.Sentia-me imperfeito,tal e qual como sou,mas senti-me feliz por isso.
A água estava perfeita naquele momento,calma e agradável,o que de certo modo também me deu uma sensação de alivío ao tocar-lhe,uma sensação de descanso.
Esta minha intimidade com a água durou apenas alguns segundos e logo decidi explorar mais algum daquele território tão desconhecido,porque afinal de contas sabia que aquele momento não iria durar para sempre,era quase como se tivesse uma voz dentro da minha cabeça que dizia que dali a 5 horas iria desaparecer tudo e eu iria acordar novamente na minha infeliz realidade.
Peguei na minha camisa e percorri na areia o caminho que me separava daquela cascata.O som da água a cair era alucinate,intenso,enquanto me aproximava cada vez mais.A cascata devia de ter mais ou menos uns 10 metros de altura e a água caía a grande velocidade,com bastante força,mas depois fundia-se com o resto daquele lugar e formava um pequeno lago.Conseguia ver o fundo.A água era limpida,transparente.A unica maneira de tocar aquela água era saltar do cimo de uma das rochas que circundavam o lago,formando uma pequena muralha a toda a volta.Reparei que não havia maneira de sair dali se saltasse.Era um mundo inalcansavel para mim.Não foi por falta de vontade que não experimentei atirar-me para dentro daquela água,mas a razão naquele momento falou mais alto.
Apreciei durante longos minutos a beleza da cascata e voltei para a praia.
Deixei o meu corpo cair sobre a areia fina e fiquei o resto do tempo a sentir o vento percorrer o meu corpo.Arrepios...senti arrepios,mas de uma forma que me deu muito prazer,de uma maneira incrivel que nunca tinha sentido.
Naquele momento era só eu e aquele toque ligeiro do vento,o som da água a cair ao longe,as suaves radiações que incidiam sobre a minha pele e me reconfortavam com o calor da vida.Finalmente sentia-me livre!E o meu corpo estendido na areia,rendido a toda esta experiência que me fez sentir de novo vivo e realizado.Cheguei ao fim.......
9:00,hora de acordar
(brothers in arms)

Romeo Júnior disse...

Ainda não perdes-te o jeito, sempre tives-te uma visão mais colorida, apesar do sofrimento, mas nunca te esqueças "Perdidos no Mundo, Unidos para Sempre!"

Ana Rita disse...

"Podes humilhar-me , odiar-me
ou até mesmo desprezar-me , mas nunca te esqueças que o nós um dia foi mais que uma palavras solta, algo mais que uma forma de ser."