quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Malefícios de um Sofredor

Toda a raiva que me costumava consumir
Está a ficar incontrolável
E um dia vai acabar por destruir
Tudo o que em mim já foi memorável.

Desta vez atingiu proporções
Inimagináveis, até para mim.
Só queria que todos os corações
Não ligassem o meu nome a um fim.

Atingi quem nunca quis magoar,
De todo não o merecias,
Não te queria ver a chorar,
Mas quero voltar a dar-te muitas alegrias.

Desculpa! Eu sei que não resolve nada,
Evita-se, mas já é o reconhecimento do erro.
Também sei que estás destroçada
Por todos os erros que tenho cometido.

Tenho errado como pessoa e como amigo,
Sinto-me um reles ser desprezível,
Não sei o que se está a passar comigo,
Sei apenas que estou a ficar irreconhecível.
Sinto a falta do teu amor.

Eu sei que agi mal,
Não o precisavas de dizer,
Mas um dia este destino infernal
Vai levar-me a morrer.

Gradualmente, espero eu, vais conseguir-me perdoar,
Foi o que tu sempre tentaste fazer
E ainda é essa a esperança que me faz querer acordar
No meu desapontante e desalentado viver.
Merecerei eu outra oportunidade?

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