quinta-feira, 24 de julho de 2008

Retrato de um Assassino


Da sombra ergue-se cheio de ódio e com sede de vingança pela felicidade de quem lhe virou costas. “Do que seria o Mundo se não houvesse Medo?” é o lema de vida deste Homem frio e desumano que se esconde numa pessoa fraca e dossel como forma de ganhar a confiança das pessoas para depois aplicar o esplendor da palavra sofrimento.
Nas veias corre-lhe veneno em vez de sangue, os olhos ficam cerrados pela dor, o coração arde e espalha sentimentos que geram pânico, a mente ajuda o seu alter ego a ser implacável, as mãos pequenas e cansadas de magoar, a roupa mancha-se de sangue.
O medo dos outros é o seu alimento. A lua cheia anuncia que sangue irá ser derramado e que nesses dias haverá tristeza e amargura nos rostos dos familiares e dos defuntos. Este Homem apaixonou-se pela morte e casou-se com infelicidade. Para ele nunca haverá Paz no Mundo porque a Vida é uma Guerra contra nós próprios e ele já venceu o seu lado bom e o seu desejo é semear a desordem por entre as pessoas. O gemer de dor e o gritar de clemência faz com que este Homem se sinta realizado e que neste Mundo exista sempre alguém que lute contra a Felicidade.
A raiva gerada pelos traidores que este Homem outrora pensou serem seus amigos é inesgotável e para ele todos vão ter que sofrer o que ele sofreu, um dia não restará pessoa nenhuma que possa contar o terror do luar e que nele sobem as almas que o subestimaram, finaliza num silêncio que é o único amigo que não atraiçoa. Deita-se na cama que fez, porque a imortalidade é um sofrimento. Ele é diferente de todos os outros porque a Vida para ele é o sofrimento dos outros.

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