Há um caso que me desperta mais atenção, uma miúda jovem, bonita, atraente, simpática, inteligente, em suma, com todas as qualidades apreciáveis numa mulher; sente-se só, escreveu quase por estas palavras na sua página de uma rede social, existe nela uma espaço entre a realidade e a perfeição, chama-se amor, decerto haverá explicações e tudo pode não passar de especulações, mas a verdade é que ela tem refugiado a sua simpatia nas ríspidas palavras do Valete, cada um lida da melhor forma que consegue com as suas desilusões/preocupações, e em tantas casas existirá tantas pessoas iguais a esta singela miúda, que encanta só de olhar para o seu sorriso, mas a imagem heróica que criaram de outra pessoa não passou de um esboço falhado, só por isso não têm que fechar o seu coração aos outros, talvez nunca mais tenham dado uma oportunidade a mais ninguém de se mostrarem, os preteridos, que ainda hoje estão lá para as ajudar, nem esses tiveram essa sorte, e eles sempre estiveram lá.
E o que vejo, até eu próprio talvez já tenha participado neste ciclo viciado, é que neste ano novo que surge, apelidado de difícil, desde a entrada do euro todos são, mas este em particular devido a factores globais, devemos enterrar guerras, abrir novos caminhos de esperança, estar unidos e pensar, assim como Eça escreveu: “Deus deu-nos o dom de o amar, não de o compreender…”, ou para quem não acredita no messias dos cristãos, que na vida nada acontece por acaso, tudo se reflecte numa introdução a algo melhor e temos a oportunidade certa no início de mais um ano seguir com a nossa vida, não de nos prendermos a um passado a que nada já interessa senão a vontade de amar que existia nessa altura. Parafraseando o malogrado actor António Feio: “Façam o favor de serem felizes!”.
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