terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sociologia à Máquina de Escrever

           Tive um sonho estranho! Sonhei que estava em casa e batiam-me à porta, ia abrir e exclamava que era a perfeição, ela respondia que era um mito, perfeição é apenas um termo da paixão; nesta confusão de linguística acordei irritado e com força para criticar, a primeira conclusão a que cheguei é que a vida é um supermercado e nós aquelas pessoas que colocam rótulos nas coisas, afinal fazemos isso toda a vida, rotulamos pessoas, até mesmo aqueles que dizem odiar rótulos, parte-se do pressuposto que odeiam as pessoas que os aplicam, mesmo sem as conhecerem, aplicam-lhes um rotulo também. Todos nós temos rótulos, todos temos um prazo, todos um dia estaremos na prateleira, noutro dia no lixo, vivemos das comparações e de frases ou ideias pré-concebidas, vivemos da opinião dos outros, apesar de dizermos que não nos afecta, vivemos do rótulo que os outros nos dão, da simpatia dos repositores e das tabelas estipuladas por mais alguém de rótulos. Confuso? Patético?
            Segunda conclusão a que cheguei é que um perdedor é sempre um vencido, mesmo quando vence essa vitória não é verdadeira, ela apenas atenua a derrota. Vejamos pelo sexo feminino, uma espécie esplêndida, admirável; uma pessoa com uma boa escolha musical revela a sua personalidade! Rótulos e tabelas (outra vez), eu tenho as minhas e todos temos os nossos parâmetros para avaliar pessoas, baseando-me nas minhas tabelas cheguei a uma conclusão e deixo uma questão de difícil compreensão, pelo menos para mim, porque é que existe mulheres, que preenchem vários requisitos, de tabelas díspares, rotuladas com potencial, adoptam uma postura arrogante (uma vantagem de qualquer mulher bonita), um estatuto de intocáveis durante o pré e pós universidade e quando estão de fim-de-semana durante o período universitário, todavia quando estão na Universidade perdem todas as directrizes que tinham tomado até agora, parecem fúteis, básicas, algumas a tocarem o desinteresse? Chega a ser ridículo o ar megalómano que certas pessoas passam atreladas a pessoas da mesma estirpe ou pior das que rejeitavam. Afinal o que é que mudou?
           Eu também tenho rótulos e até acho que acabei de ganhar mais uns quantos, mas na verdade quem é que na vida já não se deparou com estes casos? Por vezes a ambição leva-nos ao ridículo e quando nos deparamos com o vazio esquecemos o que um dia criticávamos. Confuso? Patético? Olhei para o lado e mesmo assim existia inexistência, também não ando na Universidade, logo numa tabela perfaz…

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