quarta-feira, 14 de julho de 2010

Incompreensível

           Como se pode combater contra uma pessoa de que se gosta? Estou cansado! Deito-me numa casa suplantada pela estrada, oiço o vento irrequieto agitando a paisagem, o calor deu-nos tréguas, sinto o Mundo a se desvanecer por entre a hipocrisia que ele criou. Vejo magia no fim-de-semana, de semana só penso no fim dela, mas na verdade o risco até agora não passou de umas noites carregadas de alegria e sonhos, sonhos que se dissipam em mais uma noite. Deixei-te de ver. Pingo atrás de pingo antecipa uma chuva certa apesar de fraca, mas simples, como eu, que sou apenas um nome, mais um nome, um desconhecido nome; deambulo por entre desconhecidos e nomes que me acenam timidamente, tento-te encontrar, em vão. Sento-me na calçada molhada, não me faz diferença a sua frieza, todas as minhas ambições, a imagem do teu rosto, as minhas inquietações caiem como esta chuva que brinda o meu corpo e me castiga o rosto, tento adormecer aqui, perdido, abandonado, já não sinto mais aquela ansiedade, afinal o teu olhar desapareceu, sinto-me despercebido. Passam pessoas por mim neste desassossego e por fim adormeço já em casa na esperança de que amanhã já te vou encontrar. Tenho saudades! Como é que se atinge a felicidade? Às vezes precisava, nem que fosse, de uma palavra.

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