sábado, 16 de janeiro de 2010

Sindroma da Paixão

Dei por mim à janela, parado,
Olhando para tudo sem nada ver,
Deve ser isto a que chamam estar apaixonado,
Vendo tudo sem te conseguir esquecer.

A tua alegria era contagiante,
Fazia-me esquecer os meus problemas,
Sobretudo quando de uma forma elegante
Tu amorosamente me falavas.

Tudo era bom, mas por vezes castigador
Quando havia um momento sem te ver.
Por ti aprendi a fazer versos de amor,
Daqueles que nunca imaginei conseguir escrever.

Foste tu, um dia, a cura
Da minha amarga solidão
E com toda a tua ternura
Abris-te o meu coração.

Foram passando grandes dias,
Eu ia desenhando na minha cabeça a perfeição
E tudo o que tu singelamente me pedias
Eu dava sem desconfiar da tua intenção.

Até ao dia em que tudo desabou,
Criou-se um caminho frio no chão,
Separou-nos e o nosso amor acabou.
Resta-me apenas ainda o sindroma da paixão.

E aí morri! Talvez? Para ti quero morrer,
Já não tenho nome, sou de mim mesmo uma encarnação
Que tenta a muito custo compreender
A razão pela qual morreu a nossa paixão.

Foda-se! Só queria ficar para sempre contigo,
Mas tu ainda foste capaz de me magoar
Quando fingiste ao dizer que nem era teu amigo.
Não imaginas como consegui nessa noite adormecer.

Esta nova luz no horizonte que vejo,
Um dia já me fez sorrir,
Mas é idêntica a quem um dia foi o meu desejo
E que por fim me consegui destruir.
Também tenho medo!

2 comentários:

O Padrinho disse...

"Foda-se!!"??
Epa isto não se põe num poema como este.
Muito bom sim senhor... mas cuidado com essa agressividade.
xD

Anónimo disse...

Podias ter usado outra expressão,mas essa de facto é a que ainda me prende na agressividade de não ter conseguido seguir de certa maneira a minha vida como desejo.É um grande poema,sinto ao le-lo tudo o que vivi naqueles momentos.Prendes-me ao ecrã!Abraço