quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dejá Vu

               Dejá Vu! É exasperante tentar perceber! Olho para esta avenida de sonhos desfalecidos, desfocados em esperanças vãs, mas elucidativas. Estou cansado, sento-me descaindo os braços pelas pernas, concentro-me em intransitivas realidades, não que me apeteça, mas porque assim o tempo me obriga, penso e repenso chegando sempre à mesma conclusão; trago em mim uma necessidade enorme de beber, o álcool é o maior calmante da alma, ajuda momentaneamente a esquecer a razão pela qual começamos a beber, reduz o nosso ego a uma ingénua e enganadora felicidade, pego na garrafa fechada e deixo-me cair para trás, mantenho-me deitado nesta estrada de ambições desfiadas até que o tempo me traga a sabedoria de desistir. E é sem perceber nada que neste abismo de mágoas que me penduro, tento facetar o olhar para extrair algo de positivo de todos os acontecimentos que me obrigam a escrever, não que eu não goste de escrever, mas pelo motivo que o tenho de fazer, faz-me por em causa tudo e mesmo o pouco talento que poderia ter tido acho que o perdi. Sou apenas uma (des)ilusão e tudo o que faço é um espelho disso, por tudo isto é que a resignação é a única via para a socialização.         

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